Pug

O Pug é uma raça de cão de companhia de pequeno porte originária da China. Tal afirmação é baseada no fato de terem encontrados cães similares na Ásia Oriental por volta de 1700 a.C.

Mas foi apenas quando levada à Europa, primeiramente pelos holandeses e em seguida pelos ingleses, é que a raça atingiu o padrão conhecido dos dias de hoje.

Adotada pela realeza européia da época, o Pug foi a raça preferida de Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, conquistando diversos nomes dependendo do país em que viveu e espalhando a sua popularidade pelo mundo, cconservando-a até os dias de hoje.

O Pug é uma das raças mais populares e mais vendidas no mundo.

Pelo seu tamanho e por não necessitarem de muito exercício, o Pug é o tipo de cachorro ideal para apartamento.

Pugs são cachorros braquicefálicos, ou seja, cachorros de focinho “achatado”, característica esta que faz com que seu sistema respiratório superior seja comprimido, o que diminui a sua tolerância ao exercício físico e temperaturas elevadas, levando muitas vezes a dificuldades de respiração.

Esta é a sua maior característica: o rosto enrugado que denota um ar carrancudo que até lhe rendeu o apelido holandês “mopshond”, que significa “resmungar”, apesar da sua natureza brincalhona e amável.

Saiba mais sobre o Pug abaixo:

Índice de conteúdo:

Ficha Técnica da raça Pug


Origem: China
Data de origem: 400 BC / 1700 a.C.
Grupo de Raças: FCI Grupo 09 – Cães de Companhia – Molossóides de pequeno porte / Mastiff / AKC Grupo Toy.
Função original e atual: Cão de colo e cão de companhia.
Outros nomes ou apelidos: mop, mol, carlin, carlino, cão-pug
Tamanho: porte pequeno
Altura: Machos de 30 cm a 36 cm / Fêmeas de 25 cm a 30 cm
Peso: Machos de 6 kg a 9 kg / Fêmeas de 6 kg a 8 kg
Cores: prata, amarelo acastanhado ou apricô e preto, com focinho preto ou máscara.
Pêlos: curto
Manutenção: fácil, escovações semanais.
Expectativa de vida: cerca de 12 a 15 anos
Filhotes:
Reconhecimento (Canil):CKC, FCI, AKC, UKC, KCGB, CKC, ANKC, NKC, NZKC, APRI, ACR, DRA, NAPR, ACA.

Introdução à raça Pug


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trio de Pugs apricôs e preto juntos no campo após uma caminhada. (Créditos/Copyright: “Ezzolo/Shutterstock”)

O Pug é conhecido por ser o palhaço do mundo canino e por ter um enorme senso de humor e gostar de se mostrar. Por isso não deixe que a sua cara enrugada lhe engane: O Pug está sorrindo por dentro, está rindo de você e com você — e está também tentando fazer você rir.

Os cães vivem para se divertir, esse é o segredo da sua popularidade duradoura. Por gostar tanto de diversão, o Pug também adora crianças, não é à toa que está entre as melhores raças para crianças.

Não tem nada que deixa o Pug mais feliz que ficar perto do seu dono e da sua família, por isso está sempre seguindo alguém pela casa — nada o deixa mais feliz que se sentir parte da família em todos os momentos.

Ele é uma raça inteligente, porém pode ser um pouco teimosa e cabeça-dura, mas sempre agradável e querendo agradar, ficando até doentes e magoados quando ignorados.

Em geral são afetuosos, leais, brincalhões e levados. O seu pelo fino, curto e macio pode ser preto sólido, prata ou apricô com marcas escuras bastante definidas. Com rugas profundas na testa e enormes olhos escuros e lustrosos, o Pug tem quase uma expressão humana. Se treinados e socializados da maneira correta, costumam se dar bem com outros cães e gatos.

Origem da raça Pug

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Pug filhote preto em cima do banco do parque. (Créditos/Copyright: “Ezzolo/Shutterstock”)

O Pug possui origens desconhecidas, o que já provocou grandes debates entre os amantes da raça. Acredita-se porém, que o Pug tenha originado antes de 400 AC na Ásia, contudo não se tem total certeza.

Outros acreditam que comerciantes holandeses trouxeram a raça do Leste Europeu. Dizem também que a raça pode ter descendido do Pequinês de pelos curtos, enquanto outros acreditam ter sido o resultado do cruzamento com um pequeno Buldogue, sendo que uma terceira teoria afirma que o Pug seria uma miniatura do Mastife francês ou Dogue de Bordeaux.

Os Pugs na China

Embora a sua ancestralidade tenha sido perdida na antiguidade, o Pug é uma exceção no grupo Toy por ser a única raça que descende dos antigos mastifes, retendo muitas de suas características.

Por esta razão, uma das teorias mais aceitas é a de que os Pugs tenham se originado mesmo na China, datando por volta da Dinastia Han, entre 206 A.C e 200 D.C. É uma raça bastante antiga, uma das várias miniaturizadas na Ásia, onde já foi o animal de estimação favorito dos monastérios Budistas no Tibet muitos séculos atrás.

Por isso, alguns historiadores acreditam que o Pug esteja relacionado com o Mastife Tibetano, que eram presenteados aos Imperadores da China vivendo em acomodações luxuosas, às vezes até protegidos por guardas.

Os Pugs são um dos três tipos de cães de focinho achatado conhecidos por terem sido cruzados pelos chineses: o “cão-leão” Pequinês e o Lo-sze, que era o antigo Pug.

Na China, as rugas faciais do Pug eram uma característica essencial da raça, uma espécie de “marca do príncipe”, ou ruga vertical da testa, uma semelhança com o caractere chinês para “príncipe”. Por esta razão, alguns historiadores acham que os famosos “Cães Foo” da China são representações do antigo Pug.

O Pug no Japão e no resto do mundo

Ao final dos anos 1500 e início dos anos 1600, a China passou a comercializar com outros países e assim, a raça chegou ao Japão e ao resto da Europa onde tornaram-se os favoritos da realeza européia rapidamente.

Eles até tiveram papéis importantes na história de muitas destas famílias. Na Holanda, por exemplo, o Pug se tornou o cão oficial da Casa Laranja.

Chegados ao país através de comerciantes da Companhia de Comércio Holandês e Leste da Índia, um deles tornou-se bastante popular devido a um episódio envolvendo o Príncipe William III, que teve a sua vida salva quando o seu Pug soou o alarme ao escutar soldados espanhóis se aproximando em 1572.

Quando o príncipe foi para a Inglaterra em 1688 com sua esposa, Maria II, para se apossar do trono de James II, trouxeram Pugs com eles.

Na França, por volta de 1.790, já haviam Pugs, Maria Antonieta tinha um Pug antes de se casar com Luís XVI, e a esposa de Napoleão, Josephine, também possuía um que costumava carregar mensagens em sua coleira para Napoleão quando estava aprisionada.

As duas linhas de Pug

No início de 1800, Pugs foram padronizados como raça com duas linhas tornando-se dominantes na Inglaterra – a linha Morrison que descendiam dos cães reais da rainha Charlotte, esposa de George III; e outra linha desenvolvida pelo Lorde e Lady Willoughby d’Eresby, vinda de cães importados da Rússia e Hungria. Enquanto isso na China, os Pugs continuaram a ser criados pelas famílias reais.

Quando os ingleses invadiram o Palácio Imperial Chinês em 1860, descobriram vários Pequineses e Pugs e trouxeram muitos exemplares de volta com eles para a Inglaterra, onde foram exibidos pela primeira vez em 1861.

Nos Estados Unidos, os Pugs foram introduzidos depois da Guerra Civil, e a raça foi reconhecida pela AKC em 1885, e fundado em 1931, o primeiro Clube de Cão Pug da América.

Seus muitos apelidos

O Pug tem sido conhecido por muitos nomes: mopshond na Holanda (referindo-se às suas tendências de resmungar); mops na Alemanha e Pug holandês ou chinês na Inglaterra.

A palavra “pug” deriva-se tanto do Latin “pugnus”, que significa murro, por causa da sua face que parece uma mão fechada; ou dos “macacos sagui pug” animais de estimação muito populares no século XVIII com os quais os Pugs se parecem.

Seja lá qual for o seu nome, uma coisa é certa: o seu lema oficial “multum in parvo” que significa “muito em pouco” se encaixa perfeitamente.

Aparência do Pug

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Pug da cor apricô e sua carinha fofinha irresistível. (Créditos/Copyright: “Nature Art/Shutterstock”)

O Pug é uma raça muito comum. A sua cabeça é grande e redonda, coberta por dobras como uma pequena versão do Shar Pei ou Buldogue. Pugs possuem um focinho extremamente curto que parece ter sido achatado, uma característica das raças braquicefálicas, com um nariz preto, como se tivessem uma máscara negra na face, com uma “marca de polegar” bem definida na testa e um caminho negro abaixo do centro das costas. Suas verrugas nas bochechas são chamadas de “pontos de beleza”.

Sua cara fofinha e seus olhos redondos enormes são sempre cheios de expressões, sempre suaves e solícitas, e suas orelhas são macias e aveludadas, complementando sua aparência fofa.

O Pug possui a característica de mandíbula chamada de “undershot”, quando a arcada de dentes de baixo se estende além da arcada de cima. Embora pequenos, o Pug possui um corpo compacto, pescoço largo com uma papada que termina em um corpo largo e quadrado.

Os Pugs possuem pernas curtas e magras, e um rabo encaracolado que cai sobre as costas. Uma pelagem curta, macia e lisa cobre todo o seu corpo, nas cores castanho e preto, prata ou apricot.

Ambiente Ideal para o Pug

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Dupla de Pugs filhotes emc iam da cama trocando carinho de irmãos.(Créditos/Copyright: “Marcia Moreno/Shutterstock”)

Por serem pequenos, quietos e relativamente inativos quando dentro de casa, são uma excelente escolha de raça para apartamentos ou pequenos espaços, desde que tenham oportunidades de caminhar e de se exercitar de forma moderada.

Devido ao seu focinho achatado, como toda raça braquicefálica, não se adapta bem a climas extremamente quentes ou frios demais e muito húmidos, por esta razão devem ser mantidos dentro de casa.

Além disso, adoram ficar perto de seus donos e não gostam de ficar sozinhos. Apesar de brincalhões e alegres, não precisam necessariamente de um jardim para brincar e costumam gostar da companhia de outros animais para não se sentirem abandonados.

Temperamento & Personalidade do Pug

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Pug no colo da sua dona como ele gosta. (Créditos/Copyright: “Africa Studio/Shutterstock”)

O temperamento de qualquer cão é afetado por inúmeros fatores, incluindo hereditariedade, treinamento, e socialização. Os filhotes que possuem bons temperamentos costumam ser curiosos e brincalhões, costumam se aproximar das pessoas e gostam de ser carregados por elas. Como todo cão, o Pug precisa de socialização desde filhote — o exponha à diferentes pessoas, locais, sons, cenas e experiências. A socialização ajuda a garantir que o seu Pug cresça saudável tornando-se um cão bastante sociável.

Pugs adoram brincar e ter companhia

O Pug é sagaz e está sempre com uma atitude alegre, animada e espirituosa. Ele é leal e afetuoso com relação a sua família. Brincalhão, vívido e atrapalhado, com certeza irá fazer todos rirem com seu jeitinho engraçado. Eles podem ser bons cães de guarda, muito leais, mas não costumam ser to tipo escandalosos, e não espere que eles saiam para caçar ou tragam de volta presas.

Os Pugs se dão bem com outros cães e animais de estimação, e ainda se comportam de maneira impecável com visitantes. Além disso, são uma das excelentes raças para conviver com crianças. Eles exigem muita socialização e podem ser ciumentos se ignorados pelos seus donos.

Pugs foram criados para serem cães de companhia, e é isso que fazem de melhor. O Pug precisa de afeição — e costuma praticamente implorar por atenção, além de ter a tendência a ser sedentários, felizes de apenas deitar no seu colo enquanto você lê um livro ou assiste a um filme — portanto, ficam muito infelizes se a sua devoção não for recíproca. O que eles mais gostam na vida é ficar junto de seu dono o dia inteiro.

Pugs precisam de liderança!

Pugs também costumam levar treinamento à sério – quer dizer, eles sabem treinar seus donos direitinho para mimá-los. Eles amam comer e é muito difícil resistir a sua carinha “pidona” quando eles querem implorar por alguns pedacinhos de comida.

Eles também possuem uma péssima reputação com relação ao treinamento para fazer suas necessidades em locais específicos ou fora de casa. Mas, se você aprender a ler a sua linguagem corporal, eles são capazes de lhe mostrar quando precisam sair para fazer suas necessidades. Estes cães podem ser teimosos se sentirem que são mais fortes que os humanos ao seu redor.

Os Pugs são sensíveis ao tom da sua voz, por isso punições muito duras são desnecessárias. Eles precisam de donos calmos, mas firmes, confidentes e consistentes com as regras. Você tem que ser o líder do bando.

Pugs que não possuem fortes líderes podem ficar ciumentos, e começar a apresentar uma série de comportamentos inadequados como se apoderar de móveis na casa, comida, brinquedos ou outros locais da casa em que vivem. Este tipo de comportamento é conhecido por Síndrome do Cão Pequeno, e só acontece quando os cães são permitidos a tomar conta da situação, sendo corrigido quando o dono retoma o controle, pois é muito estressante para um cão ter que manter os seus humanos na linha.

Nenhum Pug nasce perfeito!

O Pug perfeito não nasce perfeito, ele é produto da sua hereditariedade e criação. Seja lá o que você deseja dele, procure por um que tenha tido pais com boa personalidade e que tenham sido socializados desde filhotes.

Qualquer cão pode desenvolver níveis desagradáveis de latidos, cavações e outros comportamentos inadequados se estiver entediado, destreinado ou não supervisionado.

Compre um filhote que tenha sido criado em casa e tenha certeza de que ele foi exposto a diferentes locais e sons, assim como pessoas antes de ir para outro lar. Continue socializando-o sempre levando a casa de amigos e vizinhos, assim como a passeios públicos.

Antes de comprar um filhote, procure saber como escolher o filhote ideal e não deixe de conversar com o seu criador, descreva exatamente o que você procura em um cachorrinho, e peça ajuda para escolher um filhote.

Os criadores costumam conviver com filhotes todos os dias e podem dar excelentes recomendações uma vez que saibam um pouco sobre o seu estilo de vida e personalidade.

Cuidados & Manutenção do Pug

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Pug Mãe e filho deitado juntos no banco do parque. (Créditos/Copyright: “Ezzolo/Shutterstock”)

Comece a acostumar o seu Pug à ser escovado e examinado desde filhote. Mecha em suas patas com frequência — os cães costumam ser sensíveis com relação às suas patas — e olhe dentro de sua boca e orelhas.

Torne essa manutenção uma experiência positiva cheia de elogios e recompensas, e assim você irá construir a base para exames veterinários e idas ao petshop mais fáceis de se lidar.

Ao checá-lo, procure por machucados, arranhões, feridas ou sinais de infecção como vermelhidão, inchaço, ou inflamação na pele, nas orelhas, nariz, boca, olhos e patas.

Este rápido exame pode levar a diagnósticos mais cedo e evitar maiores problemas de saúde.

Como cuidar do Pug

Escove os seus dentes 2 ou 3 vezes na semana para remover tártaro e bacteria que proliferam dentro da boca – diariamente é ainda melhor para prevenir gengivite e mau hálito e ainda evitar o caimento de dentes precoce.

Corte suas unhas uma ou duas vezes ao mês se não forem gastas naturalmente. E cheque suas orelhas uma vez por semana por sujeira, vermelhidão ou mal cheiro que possam indicar infecções. Limpe-as semanalmente usando loção de de PH equilibrado para evitar maiores problemas.

O seu pelo macio e curto é fácil de cuidar. Escove e penteie os pelos dele com uma escova e pente firmes e use shampoo apenas quando necessário. Seque-o bem depois do banho para que ele não fique com frio ou se resfrie. Os olhos e as dobras devem ser limpas regularmente para prevenir infecções.

A área do focinho também deve ser limpa, pois ele tem a tendência a babar. O Pug precisa de apenas o mínimo de exercícios, mas necessita de cuidados com a sua dieta para não ganhar peso. Pugs também soltam bastante pêlos o ano inteiro, mas uma maior quantidade durante a primavera quando vivem em locais onde as 4 estações são mais definidas.

Atividade & Exercícios do Pug

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Pug correndo livremente na praia. (Créditos/Copyright: “gp88/Shutterstock”)

Os Pugs são cães fortes com pernas curtas e retas. E precisam fazer caminhadas, curtas, porém diárias. Enquanto caminham, precisam estar ao lado de quem segura a guia, que por instinto mostre a ele que o líder lidera o caminho, e este líder precisa ser humano.

Eles adoram jogos energéticos e serão mais saudáveis se tiverem oportunidades regulares para se exercitarem. Mas cuidado para não exagerar, especialmente se começarem a ficar ofegantes ou espirrar, pois se cansam rapidamente e a sua dificuldade de respiração pode se agravar.

Eles são bastante vívidos, e embora sejam ativos dentro de casa, não precisam necessariamente de um jardim. Gostam de caminhar, mas precisam ter água sempre disponível, pois possuem tendência a superaquecer e não conseguem resfriar o corpo rapidamente.

Esses cães costumam se adaptar a qualquer meio e podem se exercitar conforme tiver oportunidade. Contudo, são preguiçosos, e por isso é necessário que as atividades físicas sejam regulares, até porque também ficam obesos com facilidade. O importante é dar os estímulos certos e mais adequados à raça do seu cachorro.

Para entender melhor o que pode ou não pode ser feito em termos de exercícios e estímulos, é preciso saber como estimular a mente do seu cão, e ter sempre em mente quais são os cuidados básicos na hora de exercitar o seu cachorro.

Existem diversos motivos para exercitar e estimular o seu cão, mas o mais importante deve ser a saúde física e mental dele, sem falar que um cachorro saudável pode viver por muito mais tempo.

Saúde do Pug

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Filhote de Pug preto deitado no chão. (Créditos/Copyright: “Ezzolo/Shutterstock”)

Sabe-se que cada raça de cachorro tem predisposição a determinadas doenças. O Pug, infelizmente, não passa ileso a essa regra. Isso, porém, não significa que todos os indivíduos da raça terão as doenças que serão descritas no artigo, e sim que há chance de desenvolvê-las no decorrer da vida.

Para quem compra ou adota um cachorro de uma raça específica, ajuda muito conhecer os riscos.

É muito importante, também, comprar cães de criadores éticos e responsáveis. Procure sempre conhecer, portanto, o trabalho do criador e os pais do seu filhote. Verifique se os pais possuem alguma doença que possa ser eventualmente transmitida à próximas gerações. Questione o criador sobre isso.

Fatores anatômicos do Pug

Primeiramente, o Pug, assim como Shih Tzu, Boston Terrier, Buldogue Inglês, Buldogue Francês, é uma raça braquicefálica, ou seja, possui focinho curto.

Portanto, já por causa desta característica, cães desta raça são predispostos à chamada síndrome braquicefálica. Trata-se de múltiplas anormalidades anatômicas comumente encontradas em cães braquicefálicos.

Estas anormalidades incluem narinas estenóticas, palato mole alongado, sáculos laríngeos evertidos, colapso laríngeo e em algumas raças, traquéia hipoplásica. Tudo isso cria obstáculos para o fluxo de ar nas vias aéreas superiores, causando uma sintomatologia clínica característica, ou seja: respiração ruidosa, cianose e, em casos mais graves, síncope.

O fato do nariz da raça ter sido reduzido ao longo dos anos, prejudicou gravemente o seu funcionamento. Para o cão, a redução drástica da respiração nasal significa a perda do seu principal órgão termorregulador.

Isso impede que liberte o calor corporal em quantidade suficiente, levando a um aumento da temperatura corporal interna, passível de produzir colapso e morte.

É por estes motivos que companhias aéreas não costumam aceitar embarque com cães braquicefálicos. Além das doenças comuns em raças braquicefálicas, o Pug tem predisposição a outros distúrbios.

Problemas oculares

Por causa dos glóbulos oculares enormes, os Pugs podem ter uma variedade de problemas nos olhos. Além disso, o achatamento do focinho leva a protusão ocular.

Ou seja, os olhos ficam mais à superfície, e portanto, mais expostos a ficarem secos ou a sofrer ulcerações. Em casos graves, as pálpebras são incapazes de fechar e lubrificar os olhos.

Os problemas oculares mais comuns em Pugs são os seguintes:

  • Atrofia Progressiva da Retina – Doença de origem hereditária que leva à cegueira, normalmente de ambos os olhos do cão. Infelizmente não tem cura.
  • Úlcera de córnea – Pode ser causada por diversos motivos, mas os principais são os traumas, entrópio, triquíase e distiquíase e ceratoconjuntivite seca (doença causada pela diminuição da quantidade ou da qualidade da lágrima).
  • Proptose – Termo utilizado para “olhos salientes”. Normalmente, esta característica ocorre como consequência de uma anomalia que ocupa o espaço da órbita, que pode ser devida a um processo inflamatório ou, então, a qualquer problema que estreite a cavidade orbitária. O problema pode ocorrer apenas num olho ou em ambos os olhos.
  • Distiquíase – Alteração em que existe uma ou mais fileiras adicionais de cílios, situadas na margem da pálpebra, posterior à fileira de cílios normais.
  • Entrópio – Má-formação que causa o reviramento da pálpebra para dentro causando sérias irritações que podem levar à graves doenças no olho do animal. O Entrópio pode acometer a pálpebra superior ou a inferior de um olho ou de ambos os olhos. Pode ser de origem congênita ou adquirida.

Doença Periodontal

A doença periodontal é o distúrbio mais comum da cavidade oral de cães, principalmente de pequeno porte. Inicia-se por acúmulo de bactérias na superfície dos dentes e progride até os tecidos de sustentação que formam o periodonto, que são gengiva, osso alveolar, cemento e ligamento periodontal.

O principal sinal clínico observado pelo proprietário é a halitose. Dependendo do estágio da doença periodontal, esta pode conduzir a conseqüências locais e sistêmicas, como: inflamação e sangramento da gengiva, presença de tártaro, mobilidade dos dentes, salivação excessiva, dentre outras.

Além disso, pode levar à perda dos dentes e pode comprometer o coração, pulmão, fígado, rins e outros órgãos vitais.

A melhor forma de prevenir esta doença é, portanto, utilizar alimentos, brinquedos e cremes dentais específicos. Todavia a escovação diária dos dentes é o método mais eficaz para remover a placa bacteriana e manter a saúde clínica do animal.
Problemas ortopédicos

Doença de Legg-Calvé-Perthes

Alguns problemas ortopédicos também podem ocorrer. Como muitos cães menores, os Pugs podem apresentar a doença de Legg-Calvé-Perthes, ou necrose asséptica da cabeça do fêmur.

Trata-se de uma doença ortopédica que afeta a articulação do quadril de animais em crescimento, especificamente a cabeça do fémur. Como o nome indica, caracteriza-se por uma necrose, sem que haja qualquer envolvimento de microrganismos (daí a designação asséptica). A verdadeira causa desta condição permanece desconhecida.

Além do Pug, raças como Poodle Miniatura, West Highland White Terrier e Manchester Terrier possuem predisposição racial à doença. A maior parte dos pacientes tem entre 4 e 11 meses de idade, sendo os machos e as fêmeas igualmente atingidos.

Luxação de Patela

Um dos distúrbios ortopédicos mais comuns no Pug, é certamente a luxação de patela. Trata-se de deslocamento da patela (ou rótula) de sua posição anatômica normal, que fica no sulco troclear do fêmur, durante a fase de crescimento e adulta dos cães.

A causa pode ser congênita ou traumática. Acredita-se que a causa da luxação medial de patela, ou seja, na direção interna do joelho, seja hereditária.

Em caso de luxação da rótula, o cachorro tenderá a tirar a pata afetada do solo (claudicação). Esse sinal geralmente costuma aparecer por volta dos 4 meses de idade. As fêmeas são mais afetadas do que os machos.

Displasia coxofemoral

A displasia coxofemural é um distúrbio mais comum em cães de grande porte, que tem crescimento muito rápido. Trata-se de uma instabilidade causada pela alteração no acetábulo, colo e cabeça do fêmur.

Hereditariedade e o ambiente em que o cachorro vive influenciam, certamente, o surgimento da enfermidade. Por ser transmitido geneticamente, machos e fêmeas que tenha esse problema de saúde não são recomendados para reprodução.

O animal pode começar a desenvolver essa complicação ainda quando jovem. Normalmente surge entre quatro meses e um ano de idade.

Hemivértebra

Certamente, uma das condições mais comuns em cães da raça Pug e Buldogue Francês. A hemivértebra é uma malformação da coluna que afeta principalmente raças pequenas, braquicefálicas e com a cauda torcida.

O animal que nasce com essa malformação pode apresentar dor à palpação no nível da hemivértebra. A etiologia dessa anomalia congênita é desconhecida, mas pode ter alguma base hereditária. Essa malformação pode causar compressão de medula, escoliose, lordose e cifose. É uma condição muito dolorosa.

Síndrome de Cushing

Esta doença, também chamada de Hiperadrenocorticismo, afeta principalmente cachorros mais idosos. Entretanto, existem relatos em cachorros jovens. Os sintomas são muito semelhantes aos de outras doenças endócrinas pois provoca letargia, aumento da frequência com que o cachorro urina e aumento da ingestão de água.

Entretanto, um sinal muito característico desta doença é a distensão abdominal, ou seja, o cachorro fica com o abdômen bem arredondado. O seu médico veterinário precisa realizar algumas provas complementares, como a análise sanguínea, para chegar a um diagnóstico.

Distúrbios dermatológicos

Intertrigo é o nome dado ao distúrbio causado pelo atrito de dobras cutâneas. Acomete, de fato, as regiões de pregas e dobras cutâneas, como as pregas da face dos cães braquicefálicos (Pug, Pequinês, Bulldog, Boxer).

Pode atingir também as pregas labiais, peri-vulvares, caudais, axilares, inter-mamárias ou de outras regiões corpóreas em raças que possuem excesso de pele. O atrito entre as dobras, a umidade acumulada entre elas, a pouca exposição ao ar e sol destas, podem acabar causando Intertrigo.

O Pug apresenta dobras cutâneas em dois pontos do corpo: base da cauda e focinho.

  • Dermatite da dobra caudal – ocorre na base da cauda graças ao excesso de pele é cauda curta ou enrolada. Pode formar ulceração na pele, sendo muito dolorosa. Além disso, esta pode vir a ser contaminada pela flora fecal e causar infecções. Em casos severos, é preciso, portanto, amputá-la. Em casos mais brandos, é importante manter a área limpa para garantir o conforto do cão.
  • Dermatite da dobra facial (ou nasal) – O Pug possui pregas de pele no focinho, o que gera um habitat ideal para proliferação bacteriana, pois é úmido, quente e protegido da luz.

Alergia Alimentar

As alergias alimentares constituem a terceira causa de doenças dermatológicas caninas, vindo depois das alergias a pulgas e da dermatite atópica (uma doença genética que envolve o sistema imunológico). Cães com hipersensibilidade alimentar apresentam sinais de prurido intenso e pele avermelhada.

Encefalite dos Pugs

Encefalite dos Pugs é um tipo de inflamação cerebral. Mais especificamente, trata-se de uma meningoencefalite necrosante, que afeta principalmente Pugs, entre 9 meses e 4 anos.

É uma doença de evolução rápida, cuja origem é desconhecida. Entretanto, acredita-se ser uma condição genética, sendo de ocorrência mais comum quando há cruzamento com grau de parentesco próximo. Infelizmente não tem cura.

Os sinais na forma aguda são convulsões, dor cervical, ataxia e cegueira cortical. Na forma crônica também observam-se convulsões, todavia começam de forma leve e progridem por semanas para convulsões mais intensas e frequentes.
Outras observações.

Claramente, o Pug, assim como todos os outros cachorros, pode desenvolver outras doenças ao longo da vida, mesmo não tendo predisposição racial. Todavia, com os devidos cuidados, o cachorro pode ter uma vida muito saudável é até mesmo estender sua longevidade.

O acompanhamento do médico veterinário, assim como conhecer bem seu próprio cachorro, é essencial para detectar precocemente a presença de alguma patologia.

Treinamento do Pug

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Filhote de Pug preto na grama do jardim. (Créditos/Copyright: “Natalia Fadosova/Shutterstock”)

O Pug pode ser um pouco teimoso de vez em quando, mas está sempre querendo agradar. Fazer do treinamento algo divertido chamará a sua atenção e irá mantê-lo atraído.

Usar variedade de métodos de treinamento pode funcionar com o Pug, pois eles se entediam facilmente. É uma das raças mais difíceis de serem treinadas, por isso consistência é necessário. Ele aprenderá melhor através de sessões de treinamento divertidas que envolvam repetição e técnicas de esforço positivo, elogios e recompensas.

Quando o treinamento é divertido, ou seja, mistura técnicas de adestramento com diversão, o resultado é sempre muito mais positivo. Algumas dicas de como se divertir exercitando o seu cachorro poderão ajudar você a treiná-lo brincando. Treino de obediência desde cedo é bastante recomendável para que o treinamento seja mais eficiente e mais fácil quando ele estiver maior e mais velho.

Além disso, é necessário ser gentil ao treiná-lo, pois ele é sensível ao tom de voz do seu dono. É importante conhecer o seu cão e entender quais são as atividades preferidas do cachorro. Ensiná-lo a sentar, deitar e ficar no lugar é vital para o treinamento do seu filhote. Há vários métodos de treinamento, o da “caixa” é bacana se for preciso adaptá-lo a algum ambiente confinado e seguro por razões de segurança e conforto.

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2 comentários em “Pug”

  1. Eu e minha família já tivemos algumas raças no decorrer da minha vida, como weimaraner, labrador e vira lata por exemplo, porém acho que nunca uma raça ou um animal me conquistou tanto quando o pug. Eles são mega inteligentes e possuem uma personalidade incrível, extremamente dóceis e brincalhões, mas também adoram uma preguiça e dormir por horas. Acho que todo mundo já sabe, é que infelizmente a pior coisa dessa raça fantástica são os diversos problemas de saúde que eles podem aderir conforme o tempo.

    É uma raça frágil que exige muito cuidado, pois além da respiração, também possuem bastante problemas nos olhos, pois são esbugalhados e acabam ficando muito vulneráveis. Outros problemas super comuns são algumas acnes na pele, que pode ser resolvido com uma higienização, principalmente nas dobras e fissuras da sua pele, deixando sempre muito bem seca após limpar. E no caso do meu pug, ele com os anos foi aderindo uma hérnia de disco, o que as vezes pode impossibilitar uma movimentação.

    As crises são super raras e por enquanto apenas com uma medicação básica e simples de antinflamatórios e algo para aliviar a dor já resolve. Uma amiga veterinária também me recomendou um tratamento constante de apicultura, o que parece ser muito interessante porém é um tratamento muito caro. Além desses cuidados, o pug também é extremamente carente. Muitos amigos meus pensam em comprar um, apenas por achar um animal simpático e engraçado, mas não sabem desses problemas. Tento alertar todos, principalmente pessoas que passam o dia inteiro fora de casa, e o cachorro ficaria horas sozinho. Eles sofrem muito com a solidão e não são muitos independentes. Muitas vezes quando precisamos deixar meu pug sozinho, ele fica horas sem se alimentar e até mesmo tomar água, como uma forma de protesto. Mas enfim, tirando esses pequenos contrapontos essa raça é uma das mais apaixonantes, tornando um pug o companheiro perfeito para sua vida.

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  2. Nós temos um Pug e ele é muito engraçado. Na verdade já tive outro antes desse, mas que infelizmente faleceu muito jovem, uma fatalidade. Anos depois ganhamos o Bóris.

    É a alegria da casa – meu sfilhos simplesmente adoram ele. Já o Bóris adora brincar com eles, mas as vezes foge e se esconde porque os meninos não dão trégua. O pug é uma cachorrinho muito amável, e bastante apegado ao seu dono. O nosso faz até greve de fome quando minha mãe não está em casa. Ele vive aos nossos pés e as vezes é até difícil não pisar nele. Adora um colinho, dormir agarradinho. E como gosta de dormir! E como ronca!!! Aliás faz tudo quanto é barulhinho esquisito, parece um porquinho. Ele é carente, totalmente dependente e precisa de muito carinho e atenção. Adora passear, mas se cansa muito rápido, tem que tomar cuidado com isso, pois ele tem dificuldade de respirar. Não dê resto de ocmida à ele ou você vai ter um “mendigo” aos seus pés na mesa pra sempre, ele não tem vergonha nenhuma na cara.

    Tenha também muito brinquedos para distraí-lo quando você não estiver por perto, senão ele vai ficar entediado e dormir o dia inteiro, até desenvolver algum tipo de comportamento não muito adequado, como ficar se lambendo. Tivemos esse problema e está sendo difícil tirá-lo deste comportamento. Ele precisa de muita socialização para não ficar dependente demais. Ele adora brincar e investigar tudo por ai, mas também não dispensa uma soneca ao seu aldo, portanto não deixe que ele fique só no come e dorme, saia com ele, brinque, 20 minutos por dia, duas vezes ao dia é o suficiente. ë uma raça muito gostaso de se ter, fora que é muito engraçada. O único problema da raça são os problemas de pele (pequenas erupções que viram feridas), hérnia de disco (se ficar pulando muito – aqui tem muita escada) e ouvido (infecção) – ele tem toda hora alguma coisa e os olhos precisam ser limpos também. Cuidados com sua dobrinhas. Tomando todos os cuidados ele será muito feliz, saudável e te trará muitas alegrias!!!!

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