Lhasa Apso

O Lhasa Apso é uma raça de pequeno porte originária da região chinesa do Tibete, nas isoladas montanhas do Himalaia. Considerada antiga, sua origem data dos idos de 1500, e foi criada para servir de sentinela no interior dos monastérios Budistas, onde a sua inteligência, audição aguçada e instinto natural para diferenciar amigos de estranhos o fizeram perfeito para este papel, que hoje é capaz de desempenhar em qualquer tipo de lar, inclusive é uma das melhores raças para apartamentos. Saiba mais sobre a raça aqui:

Índice de conteúdo:

Ficha Técnica da raça Lhasa Apso

Origem: Tibete, China
Data de origem: 1.500
Grupo de Raças: FCI Grupo 09 – Cães de Companhia do Tibete / Pastores, AKC Não-esportista.
Função original: cão de guarda, sentinelas.
Função atual: cão de companhia
Outros nomes ou apelidos: Lhasa
Tamanho: porte pequeno
Altura: Machos de 25 cm a 28 cm / Fêmeas um pouco menos
Peso: de 5,9 kg a 6,8 kg
Cores: preto, branco, vermelho e dourado.
Pêlos: longos, densos, lisos.
Manutenção: alta e intensa, escovações e cuidados diários.
Expectativa de vida: cerca de 12 a 15 anos; alguns cerca de 17 a 20 anos.
Filhotes: de 4 a 6 filhotes Lhasa Apso por cria
Reconhecimento (Canil): CKC, FCI, AKC, UKC, KCGB, CKC, ANKC, NKC, NZKC, CCR, APRI, ACR, DRA, NAPR, ACA.

Introdução à raça Lhasa Apso

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Lhasa Apso castanho deitado no jardim (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

Considerados “cachorros sagrados” pelos monges, tinham a função de alertá-los sobre invasores e zelar pelas suas propriedades; além de serem capazes de prever avalanches por serem antigos locais das montanhas. Por causa da sua importância sagrada, os Apsos eram bem cuidados e jamais trocados ou vendidos; e sim presenteados em sinal de extremo respeito e profunda amizade. Fora da China, foi primeiramente visto pelo Japão, onde iniciou a sua expansão quatro séculos mais tarde, ao chegar à Inglaterra.

Seu nome “Lhasa” vem da capital do Tibete, e “Apso” na linguagem tibetana significa “barbudo” ou “ovelha”, ambos designando “Cão Lhasa pêlo-longo” ou “Cão Lhasa lenoso”.

Todos esses anos, estes pequenos cães da montanha quase não mudaram. Apesar da sua aparência de cão de colo, o Lhasa é um cão durão, que além de independente é teimoso e forte. São meticulosos por natureza e cães de guarda natos. Os Apsos não são apenas animais de estimação, mas companheiros engraçados, de temperamento calmo e deliberado, embora desconfiado de estranhos. Extremamente devotados à família, os Lhasas são super leais, mas menos protetores quando longe do ambiente familiar.

Eles tendem a ser um cão de um único dono e são mais adequados aos lares sem crianças ou com aquelas que sabem lidar com eles. Demoram a amadurecer e não atingem a maturidade logo, envelhecendo de forma graciosa e mantendo a aparência jovial até a adolescência. Além disso, é uma das raças de maior longevidade canina. A sua natureza independente e teimosa exige paciência e compreensão, pois apresentam uma resistência a disciplina dura. Socialização e treinamento desde cedo são absolutamente críticos para o seu sucesso como membro da família.

O Lhasa é o tipo de cachorro que gosta de fazer o quer e à sua maneira, isso significa que o seu objetivo na vida não é necessariamente agradar ao seu dono o tempo inteiro apesar da sua lealdade e devoção.

Embora possa ser treinado, não é dos mais obedientes. Mas quem o conhece e o ama, também aprecia a sua inteligência e habilidade de raciocínio. O tempo investido em treinamento vale à pena em termos de lealdade, alegria e companheirismo infinitos que ele é capaz de dar. O Lhasa se adapta ao nível de atividade de seus donos, contudo exercícios são bons e devem ser diários. Uma boa caminhada é o suficiente, assim como brincar pela casa e correr no jardim. O importante é conhecer o seu cachorro e entender quais são as suas atividades caninas preferidas. Ele também adora cochilar aos pés de seus donos. Mas não se esqueça, ele possui uma manutenção alta e exige cuidados diários para manter seus pelos densos e longos, brilhantes e desembaraçados. É uma tarefa árdua mantê-los em boas condições – sendo necessárias escovações diárias e banhos frequentes. Mas o melhor dos Lhasa Apsos é a sua capacidade de ser um companheiro leal e afetuoso para vida inteira.

Origem da raça Lhasa Apso

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Trio de Lhasa Apsos adultos no gramado juntos (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

O Lhasa Apso originou-se na área do Tibete há mais de 4.000 anos atrás. Eles foram domesticados e cruzados talvez desde 800 AC, o que faz dele uma das raças mais antigas do mundo. Pesquisas recentes até mostram que o Lhasa é uma das raças mais próximas do lobo da montanha, assim como o Akita, Shiba Inu, Shar-Pei, Chow Chow, Basenji, Malamute do Alaska, Husky Siberiano, Saluki, Afghan Hound, Pequinês, Shih Tzu, e Samoieda.

Função original

Conhecido no Tibete como “Apso Seng Kyi”, que significa “Cão leão-barbudo”, tinha a função principal de sentinela, guardando os lares da nobreza Tibetana e monastérios Budistas, próximos ou nos arredores da cidade de Lhasa, capital do Tibete. Por anos, a raça permaneceu apenas sendo cruzada no Tibete por monges e pela nobreza. Os grandes Mastifes Tibetanos guardavam as entradas dos monastérios, mas a audição aguçada e o latido afiado do Lhasa Apso servia para avisar os residentes quando um invasor se aproximava ao passar pelos guardas.

Lenda sagrada

Acreditava-se também que os corpos dos Lhasa Apsos podiam incorporar as almas dos Lamas falecidos enquanto esperavam para renascer em novos corpos. Por esta razão, eram sagrados e nunca vendidos ou trocados por dinheiro. O único jeito de se obter um Lhasa era recebê-lo de presente, em forma de gratidão, respeito e lealdade eterna. Desde o início da Dinastia Manchu em 1583 até tão recente como 1908, o Dalai Lama costumava enviar Lhasas como presentes sagrados ao Imperador da China e membros da família Imperial.

Na mitologia hindu os cachorros tem um papel significativo. “Sarama” – a mãe de cães – auxilia o governante do Céu, com cães que guardavam os portões para a vida após a morte. O termo “Fo”, na China, é usado para se referir a Buda, por esta razão pode-se falar também de “Cães de Buda”, e por serem cães de Fu são na realidade leões, já que o leão é um animal consagrado a Buda.

Assim como nessa lenda, os Lhasas eram considerados cães sagrados descendentes dos “Cães de Fuu”, também Cães de Buda ou Leões coreanos. Os “Cães Leões” são considerados poderosos animais míticos que têm sua origem na tradição budista. Os Apsos ou “Cão leão-barbudo” foram introduzidos com o budismo, como defensores da lei e protetores dos edifícios sagrados, por isso serviam de sentinelas dos templos budistas. Estes animais são também conhecidos como “cães da felicidade” ou “cães celestiais” e são emblemas de valor e energia, complementos indispensáveis da sabedoria.

O simbolismo dos cães de Fu é considerado também nos estudos sobre o Feng Shui, que lhes associa a vigilância, o jogo limpo e a defesa do débil. Os cães de Fu mostram-se em pares (daí o plural) e com uma ou ambas patas dianteiras apoiadas sobre uma esfera, por esta razão também eram presenteados sempre aos pares para que trouxessem sorte e prosperidade aos presenteados.

Estátuas de cães-leões eram colocadas na frente dos templos e tumbas para proteger a sua entrada com o fim de amedrontar profanadores, demônios e outro espíritos malignos. Como exemplo, a Cidade Proibida, na China, está zelosamente guardada por vários casais de cães de Fu. A bandeira do Tibete por sua vez, inclui-os como um dos motivos centrais. Seus olhos estão sempre abertos com um olhar feroz pretendendo transmitir proteção contra maus espíritos que queiram violar a tranquilidade do lugar. O animal é símbolo de energia e valor.

Difusão da raça

No início dos anos 1900, alguns exemplares da raça foram levados por militares que retornavam do continente Indiano para a Inglaterra, onde a raça foi chamada primeiramente “Lhasa Terrier”, e mais tarde passou a ser chamada de Lhasa Apso. Os primeiros pares originais a chegarem aos Estados Unidos em 1933 foram um presente de Thubten Gyatso, o 13° Dalai Lama, à C. Suydam Cutting, que havia viajado para o Tibete para conhecer o Dalai Lama. A AKC aceitou a raça oficialmente em 1935 passando pelo Grupo Terriers, e em 1959 transferidos para o grupo de raças de Não-esportistas. Na Inglaterra, eles fazem parte do grupo de Cães de Utilidade, e no Brasil, são reconhecidos pela FCI fazendo parte do Grupo 09 – Cães de Companhia.

A raça Lhasa Apso nos dias de hoje

Atualmente, há uma preocupação mundial com relação ao cruzamento necessário de alguns exemplares de Lhasa Apsos Tibetanos originais com a linhagem de Lhasa Apsos Ocidental para manter a autenticidade da raça. As duas linhagens se diferenciam de alguma forma o que gera uma preocupação para os criadores que desejam preservar as características originais da raça. Há também a preocupação com a linhagem tibetana porque muitos cães foram mortos durante e depois da invasão Chinesa ao Tibete devido ao forte simbolismo da raça para os Tibetanos.

Certas características que fazem parte do tipo da raça evoluíram como resultado do ambiente geográfico e climático — as altas altitudes, o clima seco de ventos, o terreno empoeirado, os verões curtos e os longos e rígidos invernos da região do Himalaia. São elas: características de rosto, o pelo, os olhos, a musculatura e estrutura corporal, a a sua resistência e longevidade. Por esta razão há preocupações com seus cruzamentos, já que a raça pode ser obtida mundialmente nos dias de hoje.

Aparência do Lhasa Apso

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Lhasa Apso adulto e sua pelagem lisa e sedosa (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

O Lhasa Apso é um cão pequeno e forte. O seu comprimento é maior que a sua altura. Embora a raça não precise ser usada para propósitos que exigem grande capacidade atlética, ele, no entanto, deve ter um quadril forte e membros bem desenvolvidos. Seus olhos pequenos, profundos, são castanhos escuros e suas orelhas pendentes são peludas. O padrão da raça exige nariz preto, embora haja Lhasas de nariz marrom. As pernas da frente são retas e as traseiras cobertas de pelos, assim como as patas.

A cauda é alta, peluda e carregada sobre as costas em parafuso. A cabeça é coberta de pelos, que caem sobre os olhos, formando bigodes e barba, quase que como um leão. Sua mordida é nivelada ou levemente “undershot” (mandíbula inferior protuberante sobre a superior). O focinho tem comprimento médio. Sua pelagem é pesada, de fios retos, longos por todo o corpo caindo até o chão, duros nem lanosos ou sedosos, mas nunca densos. O pescoço pode ter um “cachecol” de pelos abundantes. Eles podem ter uma variedade de cores incluindo preto, branco, vermelho e dourado com várias nuances. Além disso, a sua pelagem longa serve como insulação e proteção, mantendo-os aquecidos no inverno e frios no verão.

Ambiente Ideal para o Lhasa Apso

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Lhasa Apso filhote deitado no chão da sala de estar cochilando (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

O Lhasa Apso é um animal de estimação excelente para viver em ambientes pequenos ou com pouco espaço, por isso estão entre os melhores cães de companhia para apartamentos. Eles podem correr pela casa e não precisam necessariamente de um jardim. Eles adoram fazer longas caminhadas e ter oportunidades de correr livremente em área segura e cercada. Não são adequados para viver fora de casa, não costuma ser extremamente ativos dentro de casa e preferem viver do lado de dentro, perto de seus donos.

Temperamento & Personalidade do Lhasa Apso

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Lhasa Apso adulto deitado no chão cochilando (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

O temperamento de qualquer cão é afetado por inúmeros fatores, incluindo hereditariedade, treinamento, e socialização. Os filhotes que possuem bons temperamentos costumam ser curiosos e brincalhões, costumam se aproximar das pessoas e gostam de ser carregados por elas. Como todo cão, o Lhasa Apso precisa de socialização desde filhote — o exponha à diferentes pessoas, locais, sons, cenas e experiências. A socialização ajuda a garantir que o seu Lhasa cresça saudável tornando-se um cão bastante sociável. A personalidade do Lhasa Apso é uma mistura especial e interessante. Por terem sido criados por monges Budistas para servirem de sentinelas para o interior dos monastérios tibetanos, Lhasa Apsos são alertas e possuem um senso de audição bastante aguçado.

O temperamento ideal de um Lhasa deve ser desconfiado de estranhos enquanto leal e devotado a sua família. Ele leva à sério a tarefa de tomar conta da casa e da família. Eles são capazes de ser agressivos com desconhecidos se não forem adestrados ou nunca socializados da maneira adequada.

Lhasa Apsos são independentes, espirituosos, mas também uma companhia que adora agradar seus donos. Eles também demoram a amadurecer e permanecem comportando-se como filhotes até mais velhos. São alegres, travessos e brincalhões; são majestosos, independentes e corajosos também. São capazes de responder bem a exercícios e disciplina com uma energia calma e assertiva, além de serem obedientes.

Embora pequeninos, Lhasa Apsos precisam de socialização desde cedo com outros cães e pessoas seguindo por toda a vida. Exigem paciência e podem demorar a ser treinados dentro de casa, mas em retorno podem ser divertidos, cômicos e companheiros muito afetuosos e carinhosos.

Eles podem ser pequenos, mas não são tão frágeis assim. Podem ser fortes e robustos. São capazes de fazer amigos, mas não até que tenham certeza de que o indivíduo não é uma ameaça. O Lhasa prefere ficar perto da sua família, seguindo o seu dono onde for para qualquer atividade ou deitar no seu colo. Contudo, por causa da sua natureza independente, ele fica bem sozinho em casa por períodos de tempo razoáveis.

Lhasa Apsos podem desenvolver um temperamento duplo, podendo ser altamente expressivos com o seu amor e devoção, mas ter uma mente independente querendo fazer tudo a sua maneira.

Eles são vívidos e espirituosos e muito espontâneos. Não são muito recomendáveis para famílias que ficam muito tempo fora de casa ou que tenham crianças pequenas que não saibam lidar com cachorro. Eles possuem tendência a morder se bravos ou pegos de surpresa. Eles preferem ser os únicos animais de estimação do lar e gostam de chamar atenção. Infelizmente, os Lhasas costumam desenvolver Síndrome do Cão Pequeno, um comportamento induzido por humanos no qual o cão pensa que é o líder do seu bando, causando vários níveis de comportamentos negativos.

Estes comportamentos podem fazer com que eles ficam ainda mais desconfiados de estranhos, e podem não tolerar a companhia de crianças. Se tornam teimosos com latidos altos e persistentes. Ficam nervosos e mais inclinados a provocar brigas com outros cães. Muitas vezes desenvolvem ansiedade de separação ficando muito chateados se deixados sozinhos. Podem surtar se surpreendidos ou assustados, e podem apresentar comportamentos de guarda, como passar a guardar objetos, locais e móveis pela casa.

Todos estes comportamentos negativos não são todos característicos do Lhasa Apso; mas comportamentos induzidos por seus donos, por não tratarem o cão como um animal, e devido a falta de liderança, regras e limites. Um cão mentalmente estável deve obter exercícios e estímulos físicos e mentais suficientes para poder desenvolver uma personalidade diferente.

O Lhasa Apso perfeito não nasce perfeito, ele é produto da sua hereditariedade e criação. Seja lá o que você deseja dele, procure por um que tenha tido pais com boa personalidade e que tenham sido socializados desde filhotes. Qualquer cão pode desenvolver níveis desagradáveis de latidos, cavações e outros comportamentos inadequados se estiver entediado, destreinado ou não supervisionado. Compre um filhote que tenha sido criado em casa e tenha certeza de que ele foi exposto a diferentes locais e sons, assim como pessoas antes de ir para outro lar.

Continue socializando-o sempre levando a casa de amigos e vizinhos, assim como a passeios públicos. Antes de comprar um filhote, procure saber como escolher o filhote ideal e não deixe de conversar com o seu criador, descreva exatamente o que você procura em um cachorrinho, e peça ajuda para escolher um filhote. Os criadores costumam conviver com filhotes todos os dias e podem dar excelentes recomendações uma vez que saibam um pouco sobre o seus estilo de vida e personalidade.

Cuidados e Manutenção do Lhasa Apso

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Lhasa Apso filhote sendo penteado e aparando os pêlos (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

Comece a acostumar o seu Lhasa Apso à ser escovado e examinado desde filhote. Mecha em suas patas com frequência — os cães costumam ser sensíveis com relação às suas patas — e olhe dentro de sua boca e orelhas. Torne essa manutenção uma experiência positiva cheia de elogios e recompensas, e assim você irá construir a base para exames veterinários e idas ao petshop mais fáceis de se lidar. Ao checá-lo, procure por machucados, arranhões, feridas ou sinais de infecção como vermelhidão, inchaço, ou inflamação na pele, nas orelhas, nariz, boca, olhos e patas. Este rápido exame pode levar a diagnósticos mais cedo e evitar maiores problemas de saúde.

Escove os seus dentes 2 ou 3 vezes na semana para remover tártaro e bactéria que proliferam dentro da boca – diariamente é ainda melhor para prevenir gengivite e mau hálito e ainda evitar o caimento de dentes precoce. Corte suas unhas uma ou duas vezes ao mês se não forem gastas naturalmente. E cheque suas orelhas uma vez por semana por sujeira, vermelhidão ou mal cheiro que possam indicar infecções. Limpe-as semanalmente usando loção de de PH equilibrado para evitar maiores problemas.

Manter os pelos do Lhasa lindos, é difícil e leva tempo. Escovar e pentear regularmente, até diariamente é necessário – eles precisam ser escovados uma vez por dia para evitar que os pelos se embaracem. Os banhos devem ser frequentes (a cada duas ou quatro semanas). Muitos donos contratam profissionais, embora o dono possa aprender a cuidar deles, mas certamente não é para iniciantes. É até comum que alguns donos cortem os pelos curtos para evitar todo esse trabalho. Cheque as patas por pelos embaraçados e nós. A raça solta pelos moderadamente.

Saúde do Lhasa Apso

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Lhasa Apso castanho (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

Na maioria das vezes, os Lhasa Apsos são todos saudáveis, mas como toda raça canina, alguns são mais suscetíveis à certas condições de saúde. Algumas doenças são mais comuns em algumas raças que em outras e nem todos os cachorros terão uma ou todas estas doenças, mas é importante saber sobre elas ao considerar esta raça. O Lhasa Apso é conhecido por estar entre as raças caninas de maior longevidade, porém podem sofrer de alguns problemas de saúde, como por exemplo, problemas de pele como adenite sebácea, uma doença de pele hereditária que ocorre em Poodles, mas que também ocorrem em inúmeras outras raças, incluindo o Lhasa Apso.

Eles também costumam ter problemas de visão, como a doença genética Atrofia de Retina Progressiva que pode levar à cegueira, assim como olhos de cereja, úlceras, glaucoma e síndrome dos olhos secos ou keratoconjunctivitis sicca. Outros problemas comuns são displasia de quadril, luxação patelar, doença renal juvenil, problemas nos rins, e doença de disco intervertebral. E lembre-se que depois que você levar um filhote para casa, você tem o poder de protegê-lo do problema mais comum entre os cães: a obesidade. Manter um Lhasa no peso adequado é uma das maneiras mais fáceis de estender a vida dele e aumentar a sua longevidade. Em geral, qualquer cachorro pode estender a sua longevidade canina desde que se tomem os devidos cuidados com a sua saúde.

Atividade & Exercícios do Lhasa Apso

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Trio de Lhasa Apsos no gramado juntos interagindo (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

O Lhasa é um cão ativo, mas o seu tamanho relativamente pequeno faz com que seja fácil suprir as suas necessidades de energia com caminhadas curtas e brincadeiras no jardim, ou até em casa. Lhasa Apsos precisam caminhar diariamente para que seus instintos sejam supridos. Cães que não fazem suas caminhadas diárias são mais suscetíveis a problemas de comportamento. O importante é dar os estímulos certos e mais adequados à raça do seu cachorro.

Para entender melhor o que pode ou não pode ser feito em termos de exercícios e estímulos, é preciso saber como estimular a mente do seu cão, e ter sempre em mente quais são os cuidados básicos na hora de exercitar o seu cachorro. Existem diversos motivos para exercitar e estimular o seu cão, mas o mais importante deve ser a saúde física e mental dele, sem falar que um cachorro saudável pode viver por muito mais tempo ao seu lado.

Treinamento do Lhasa Apso

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Lhasa Apso filhote brincando no jardim (Crédito/Copyright: “/Shutterstock”)

Tipicamente, o Lhasa Apso apresenta uma atitude arrogante e obstinada. Seja sempre bacana com o seu Lhasa e treine-o sempre de uma maneira calma e paciente. Nunca grite com o seu Lhasa. Não se leva apenas tempo, mas muita paciência para treinar esta raça. Lhasa Apsos são inteligentes, mas exigem donos firmes, porém gentis. Lhasa Apsos preferem viver com suas próprias regras, são extremamente sensíveis e adoram agradar seus donos. Elogios são bem mais eficientes que força ou correção verbal muito ríspida. O Lhasa Apso pode ficar muito teimoso se muita autoridade for demonstrada.

Quando o treinamento é divertido, ou seja, mistura técnicas de adestramento com diversão, o resultado é sempre muito mais positivo. Algumas dicas de como se divertir exercitando o seu cachorro poderão ajudar você a treiná-lo brincando. Eles precisam de comandos assertivos, firmes e consistentes, e respondem bem a elogios e recompensas.

É importante conhecer o seu cão e entender quais são as atividades preferidas do cachorro. Eles podem ser difíceis de serem treinados para fazer suas necessidades fora de casa ou em locais apropriados, por isso o método da caixa é bastante apropriado. Socialização e obediência desde cedo são imprescindíveis. O Lhasa irá comandar tudo se não for treinado de maneira adequada e saber quem é o dono. Ensinar o seu cão a sentar, deitar e ficar parado é vital para o seu treinamento.

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13 comentários em “Lhasa Apso”

  1. Oi
    Tenho 2 lhasa apso gostaria de saber se é normal eles ficarem ofegantes como se estivessem engasgado com algo?
    Sim muito bom seu artigo descobri muitas coisas sobre a raça deles.

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    • É normal o animal ofegar, por calor, sede, ou depois de um atividade física, é a forma que eles têm de voltar a temperatura corporal normal. Os Lhasas possuem focinhos retraídos, braquicefálicos, como o Pequinês e os Buldogues, por isso ofegar é mais constante. Eles possuem mais dificuldade em respirar. Se notar que a coisa tem piorado, consulte o seu veterinário para examinar melhor a situação.

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  2. Tenho uma Lhasa Fêmea. As Vezes, Quando estou Brincando com ela…Ela cheira meu Cabelo,e aí ela começa a Rolar no chão, como se ela estivesse brincando. Alguém pode me dizer por que ela faz isso?

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    • Ou Luana, ela deve gostar do seu cheirinho e está paenas brincando, como você mesma falou – uma forma dela demonstrar alegria em sua companhia.

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  3. Tenho um Lhasa com 1 ano ele é muito agressivo é normal o que posso fazer,pois que morde quando vai da banho e até mesmo quando queremos fazer carinho (Alguém pode me ajudar? )

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    • Oá Carla, converse com o seu veterinário sobre isso, ele pode analisar a situação de perto e com mais detalhes para chegar a uma melhor conclusão e receitar um tratamento adequado ou algum procedimento para reverter esse comportamento. Um bom adestrador que entenda desse assunto também pode ajudar neste caso.

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  4. Preciso de ajuda, adotei um Lhasa Apso com quase 3 anos e ela começou a fazer suas atividades em cima do meu sofá.
    Como faço para tirar esse abito repentino?

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  5. Tenho um filhotinho lindo e fofo e já estou vendo a compra de mais um para formar um casal . São cães maravilhosos para compania .

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  6. Eu tenho um casal de Lhasa Apsos, que são duas fofuras, meus lindos filhinhos. Eles me seguem pela casa toda e não saem do meu lado quando estou vendo TV de noite na sala. Quando ouvem um barulho estranho saem os dois correndo latindo pra porta.

    Meus defensores. Deve ser o instinto de guardiões de monastérios. Eles estão acostumados a serem criaturas leais e devotas. Eu retribuo com muito amor e carinho, idas ao petshop, banhos, tosas e lacinhos. Muito colinho e chamego. Eu já sou aposentada e posso dar muita atenção à eles – saio pra passear, fico bastante com eles em casa e tenho todo o tempo do mundo para mimá-los. Não faria diferente. Eles são a minha vida e meu maior tesouro.

    É verdade, talvez por serem mimados não são lá chegados a muito barulho, confusão e gente ao redor. Muito menos crianças. Eles curtem o sossego da nossa rotina e não gostam de ser incomodados. Mas eu não ligo, pois vivo sozinah mesmo e quase não recebo gente em casa. Quem participa da minha vida já os conhecem e sabem como eles são, ninguém se incomoda. Eles são quietinhos e ficam no cantinho deles quando tem gente em casa. Mas quando estamos à sós eles adoram ficar aos meus pés. A minha vida com eles é tranquila e não troco por nada nem ninguém. É uma raça que exige atenção e cuidados mas isso eu faço com o maior prazer. Não tenho do que reclamar.

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